quarta-feira, 6 de abril de 2011

SEXO NA TERCEIRA IDADE



Muitos homens se queixam da falta de interesse sexual de suas parceiras na fase que antecede a menopausa, prolongando-se até mesmo por todo esse período.
Muitas mulheres se queixam da falta de interesse sexual do seu companheiro depois de “uma certa idade”.
Ambos se queixam e ambos têm razão.
Os fatores mais importantes para manter acesa a chama do amor são a intimidade e o desejo de cada um dar o melhor de si mesmo, não permitindo que a arte da sedução esmoreça.
Na menopausa a perda do estrogênio - hormônio feminino - provoca em algumas mulheres desconfortos como, entre outros, a secura vaginal. Especialistas, favoráveis à reposição hormonal costumam receitar o uso do estrogênio que oferece uma sensível melhora nesses sintomas e ainda reduz o risco de doenças cardíacas.
Para combater de imediato o desconforto da secura vaginal, existem nas farmácias várias marcas de gel lubrificante, aquoso, que facilitam a excitação, eliminando a dor durante a penetração (devem ser passados, na hora da penetração, tanto na cavidade vaginal como no pênis do parceiro).
Muitos casais se preocupam na hora do "vamos ver na cama" e se esquecem de como se relacionaram durante o dia ou até mesmo, poucas horas antes de se deitarem. Se fizessem uma retrospectiva da falta de atenção e carinho, das palavras ásperas trocadas, certamente se dariam conta do motivo da ausência de tesão na hora de praticarem o ato sexual, que seria, na verdade, a prática do amor sexual.
Mas vem cá, se faltou demonstração de amor, de cumplicidade e de companheirismo pelo dia inteiro, como esperar uma troca do que não houve, do que não se cultivou?
A mulher é mais expansiva, gosta de conversar, dançar, de beijar, passear de mãos dadas. O homem prefere ler jornais, ver jogos e filmes na TV e nos DVD.
Durante dias, semanas, mal trocam algumas palavras que não sejam ligadas à crise financeira, aos problemas da casa, dos filhos e netos. Agora me digam: pode haver tesão sem alegria de viver?
As mulheres valorizam a troca de carinho, o romance, as palavras excitantes que eram ditas no tempo de namoro, quando ambos brincavam e riam de si mesmos e juntos curtiam as aventuras dos beijos e dos carinhos proibidos. Sempre é tempo de renovar o namoro e de melhorar o convívio entre os casais. Usem a imaginação.
A crença de que as pessoas perdem a sexualidade à medida que envelhecem já foi comprovada ser uma grande ignorância.
O que acontece são as mudanças naturais de nossos corpos e dos processos vitais de todo os seres humanos.
Mas a excitação, a capacidade de praticar o ato e o consequente prazer orgástico não têm limite de idade, se não houver ansiedade pelo resultado ou mágoas recalcadas que atrapalhem a excitação e o prazer sexual.
É comum haver uma diminuição na frequência das relações sexuais, que deixam de ser em ritmo frenético, como eram na juventude. E muitos casais sofrem com a hipótese de que esta redução de interesse seja fruto de traição ou perda de amor.
É importante saber que, enquanto na juventude o ato sexual é praticado em maior quantidade, na velhice é realizado com maior qualidade.
A atração e o desejo sexual se manifestam enquanto estivermos vivos. Se o coração pulsa, o sexo pode pulsar desde que não haja uma incapacidade física. Assim mesmo, já se pode apelar para as famosas pílulas do amor.
Embora a ereção seja mais lenta e a capacidade orgástica da mulher seja mais demorada, o ato sexual não está fadado a perder a qualidade.
Ao longo dos anos a experiência nos ensina a doar mais e a sentir prazer em dar prazer com mais arte. Os homens idosos precisam de mais estímulos para alcançar a ereção. E a mulher, desde a juventude, tem essa mesma necessidade para se excitar e ficar lubrificada. A relação mais lenta pode se tornar mais prazerosa.
Conclusões minhas baseadas em queixas e comentários de meus "velhos amigos":


1) Carícias preliminares indispensáveis. 
Muitos homens, quando acariciam manualmente o clitóris, concentram o carinho no mesmo ponto com excesso de força.
Ao invés de prazer, provocam ardência.
O ideal é que comecem acariciando não só o clitóris, mas também o entorno com mais leveza e depois aumentem, aos poucos, a intensidade e não interrompam a masturbação antes que a mulher alcance o auge da excitação. Bem lubrificada ela estará pronta para a penetração e para chegar ao orgasmo, evitando ansiedade para ambos.
Mas é bom saber que o orgasmo não tem nada a ver com o prazer. O orgasmo é orgânico, pode acontecer ou não. O prazer é um sentimento profundo, que preenche o nosso espírito e sempre acontecerá, quando nos libertamos da obrigação de satisfazer apenas o corpo.


2) A rotina acaba com o tesão.
  O ato se torna pouco estimulante quando é repetitivo e quando tem que ser em dia e hora marcada. Usem a imaginação pra criarem suas fantasias que podem ser particulares ou conjuntas – neste caso, deve-se respeitar os interesses e os limites de ambos.


3) Mais conforto.
 Que a posição "papai e mamãe" é a mais confortável e a que traz melhor resultado, não se discute. Mas fazer sexo sempre nessa mesma posição se torna monótono. Procurem outras variantes e carícias antes de retornarem a essa posição, caso ela seja a preferida de ambos para chegarem ao clímax. 


4) Passividade leva ao desinteresse.
 Muitos homens e mulheres se queixam da passividade de seus parceiros. Parece incrível, mas assim como existem mulheres que se limitam a abrir as pernas, muitos homens só querem ficar deitados, com elas em cima deles. Eles confessam que ficam menos cansados. No caso de existirem problemas cardíacos, vale fazer esse tipo de reivindicação e ser atendido.


5) O sono dos homens.
Muitas mulheres reclamam que seus parceiros dormem logo depois do ato. A necessidade de tirar uma soneca é normal. Biologicamente, o homem precisa desse relaxamento. Mas é preciso bom senso e delicadeza. Fazer um carinho e se manter um tempinho abraçado com sua mulher é uma atitude de cavalheiro.
O que não dá pra entender é, logo depois do ato sexual, se virar de costas e deixar a mulher abandonada, olhando pro teto .


6) Homens que se masturbam com frequência.
 Muitas mulheres se queixam que seus maridos se masturbam na frente delas, quando se deitam, ou quando se sentam pra ver TV. Cientistas já declararam que a masturbação praticada cinco vezes por semana pode reduzir em um terço os riscos de homens entre 20 e 50 anos desenvolverem câncer de próstata.
Portanto, deixem seus homens se masturbarem à vontade. A masturbação é um ato natural, desde que ele não a substitua pela relação com você.


7) Rapidinhas para desestressar. 
 Se uma dessas rapidinhas terapêuticas, digamos assim, acontecerem esporadicamente, tudo bem. É fato que a mulher nem sempre está a fim de gozar, mas pode estar disposta a dar prazer a seu amado e se sentir satisfeita com isso. Porém, se essas chamadas trepadinhas rápidas se tornarem um hábito, é hora de dar um basta e partir pra uma conversa franca.
Amor e sexo são as molas mestras de um relacionamento feliz, quando ambos estão dispostos a dar e a receber, considerando o encontro dos corpos e do espírito como o prazer maior.

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